É aguaceiro batendo no telhado.
A corda fina sussurra
Murmúrios ao pé do ouvido.
E estrondeando e sussurrando,
Grossa e fina juntas,
São pérolas grandes e pequenas
Caindo em travessa de jade,
Ou doce pássaro canoro
Trinando num galho em flor,
Ou regato sob o gelo
Soluçando débil, intermitente.
E eis que o som aos poucos congela
Como as águas do regato...
E congelando e falseando,
Por instantes se cala.
Dor profunda, amargura
Se avolumam então algures!
Ah! Melhor seria agora,
Que as cordas mudas ficassem,
Pois o vaso de prata abrupto se parte
E dele a água esguicha:
Saltam ginetes em armaduras,
Lanças e espadas retinem!...
Extingue-se a melodia,
A palheta no peito descansa,
Quatro cordas que de golpe estridulam,
Seda de alto a baixo rasgada.
- Hakurakuten
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